domingo, 3 de abril de 2011

Raimundos - Lavô tá Novo (1995)



Lavô tá Novo é o segundo disco dos Raimundos, lançado em 1995 pela Warner Music e produzido pelo ianque Mark Dearnley, que já trabalhou com AC/DC, Black Sabbath e Def Leppard. Na época o disco vendeu em torno de 400 mil cópias. Tem 12 músicas e uma duração de 35:30.
Tora Tora fala da encomenda e da chegada de um pacote de maconha prensada em Brasília, e da alegria e satisfação daqueles que recebem a encomenda.
Eu quero ver o Oco, inspirada num acidente ocorrido com o fusca do Canisso, que ensinava o Rodolfo a dirigir, quando este capotou a caranga.
Opa! Peraí, Caceta, fala da tentativa de levar uma mina para transar. Apesar das bagacerices, é a música mais comercial do álbum, com arranjos de metais.
O pão da minha prima conta da revolta do cara com o fato de sua prima ter começado a namorar com um padeiro, que era liso e que a enganou para comê-la.
Pitando no Kombão, conta a história de uma Kombi usada para sair com a galera, e o que acontecia nas viagens.
Bestinha fala de um amor platônico por uma mina gata. Canisso a descreveu como "A gente olha uma bundinha e resolve fazer uma música".
Esporrei na Manivela, letra cômica e de domínio popular, foi musicada e gravada pela banda. Possui um trecho recitado com forte sotaque nordestino, onde um cara trova o delegado de polícia para soltar os Raimundos, que haviam sido presos.
Tá querendo Desquitar (Ela tá dando), fala de uma mulher (Ambrosina) que se torna uma filha da puta desleixada com os afazeres do lar, levando seu marido (Seu Vavá) a querer pedir o divórcio. A Música é um baião acompanhado por guitarras.
Sereia da Pedreira, conta a história da paixão por uma guria bonita e a vontade de comê-la. Rodolfo diz que foi inspirada em "uma broxada que eu dei com uma amiga quando fui comer ela dentro da Kombi". ( a Kombi é a mesma falada antes).
I Saw you Saying (That You Say That You Saw). A Madona aparece no jardim, e o cara tenta falar com ela, mas não sabe falar inglês, então não entende nada do que ela fala. O título significa "eu vi você dizendo que você disse que você viu"
Cabeça de Bode. Fala sobre a cabeça de bode cozida, prato típico do nordeste. O cara acorda de madrugada loco de vontade de comer essa porra.
Herbocinética. Letra doida, que fala sobre drogas e perspectivas de futuro.
Esse segundo disco é mais pesado que o primeiro, mostrando que os caras tavam afiados.
"ROCK MININU!! PRO CACETE DO DELEGADO!ÊITA!!!"

01 Tora Tora
02 Eu Quero Ver o Oco
03 Opa! Peraí Caceta
04 O Pão da minha Prima
05 Pitando no Kombão
06 Bestinha
07 Esporrei na manivela
08 Ela tá Querendo Desquitar (Ela tá Dando)
09 Sereia da Pedreira
10 I saw You Saying (That You Say That You Saw)
11 Cabeça de Bode
12 Herbocinética


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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Raimundos - Raimundos (1994)




Eis o disco de estréia dos Raimundos, lançado em 1994 pelo selo Banguela Records, criado pela banda paulistana Titãs. O disco chegou, em poucas semanas, à marca de 120 mil cópias vendidas. Este disco foi de extrema importância para o cenário musical brasileiro, devido à originalidade do som, (intitulado mais tarde de forró-core) com letras cheias de palavrões e forte influência nordestina.
As músicas mais conhecidas deste disco são: PUTEIRO EM JOÃO PESSOA, que disserta sobre o rito de passagem de um jovem paraibano, sob a tutela dos primos mais velhos. A música menciona a aversão à boiolagem, característica do nordeste brasileiro;
NÊGA JUREMA conta uma história centrada no uso e num milagre relacionado à maconha;
E a clássica balada pornô-erótica SELIM, que compara o corpo da mulher a uma bicicleta.
Porém o disco não resume somente a essas músicas, PALLHAS DO COQUEIRO, é um lamento de um corno vendo sua amada trocá-lo por outro. MM's, uma canção de amor dedicada à amada. MINHA CUNHADA, que retrata as complexas relações familiares típicas do nordeste (ê saudades do Ceará!!). RAPANTE fala da comida típica do nordeste. CARRO FORTE, elogia o corpo feminino fazendo uma metáfora à um carro. DEIXEI DE FUMAR e CAJUEIRO são releituras de clássicos do cancioneiro nordestino. BÊ-A-BÁ, conta do drama da população do sertão, que sobrevive em condições precárias, mas que não perde sua fé nem seu orgulho. BICHARADA canta a morte, uma constante na vida nordestina. MARUJO, retrata o drama do marinheiro, que ao abandonar sua família para trabalhar longe de casa, sofre com a saudade. CINTURA FINA, uma balada romântica sobre o amor incondicional de um homem por uma mulher - feia pra cacete, porém, gostosa pra caralho - vencendo os preconceitos da sociedade.
Enfim, um clássico do rock nacional obrigatório a qualquer um que não tá dando a mínima para a surdez.
...NÁNÁNÁ É O DIABO, EU QUERO É ROCK!!!!

01 Puteiro em João Pessoa
02 Palhas do Coqueiro
03 MM's
04 Minha Cunhada
05 Rapante
06 Carro Forte
07 Nêga Jurema
08 Deixei de Fumar Cana Caiana
09 Cajueiro Rio das Pedras
10 Bê a Bá
11 Bicharada
12 Marujo
13 Cintura Fina
14 Selim
15 Puteiro em João Pessoa II
16 Selim acústico

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domingo, 29 de agosto de 2010

Black Flag - Damaged (1981)




Black Flag foi uma banda de hardcore punk formada no sul da Califórnia em 76 pelo guitarrista Greg Ginn. A banda formou um som que misturava a simplicidade dos Ramones mas com solos microtonais e paradas no meio da música, o que mais a frente influênciou bandas de heavy metal e hardcore punk.
O Black Flag é muito respeitado no meio alternativo até hoje, como sendo pioneiros na cultura do faça você mesmo, de selos que lançam bandas sem apoio de grandes gravadoras sejam elas o estilo musical que forem.
No meio do caminho dos anos 80 o som do Black Flag evoluiu assim como sua notoriedade. Começou a ganhar influências de heavy metal, jazz e clássico. Assim o Black Flag tem uma discografia mais variada do que outras bandas.

01 Rise Above
02 Spray Paint
03 Six Pack
04 What I See
05 TV Party
06 Thristy And Miserable
07 Police Story
08 Gimmie Gimmie Gimmie
09 Depression
10 Room 13
11 Damaged II
12 No More
13 Padded Cell
14 Life of Pain
15 Damaged I

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bad Religion - How Could Hell Be Any Worse ? (1982)



Bad Religion surgiu em 1980 na cidade de Los Angeles, Califórnia por Jay Bentley (baixo), Greg Graffin (vocal), Brett Gurewitz (guitarra) e Jay Ziskrout (bateria). A banda lidera uma cena de volta ao punk rock, influenciando vários outros músicos do estilo em suas carreiras. São conhecidos por suas letras com temas sociais e por sua habilidade de expressar sua ideologia através do uso de metáforas.
"How Could Hell Be Any Worse?", é o álbum de estréia da banda. As faixas são o típico punk rock; ao ouvir cada uma é inevitável vir à tona o gosto da cerveja na boca e a energia de uma roda punk. O ponto alto do disco fica por conta de "We're Only Gonna Die", "Latch Key Kids" e "Fuck Armageddon...This Is Hell", uma letra extremamente niilista e atual (TODOS NÓS VAMOS PARA O INFERNO!!!). O disco tem uma duração de 29:40, e foi produzido/gravado pela própria gravadora da banda, a Epitaph Records, gerenciada por Gurewitz.

01 We're Only Gonna Die
02 Latch Key Kids
03 Part III
04 Faith in God
05 Fuck Armageddon...This Is Hell
06 Pity
07 In The Night
08 Damned To Be Free
09 White Trash (2nd Generation)
10 American Dream
11 Eat Your Dog
12 Voice of God is Government
13 Oligarchy
14 Doing Time

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Tequila Baby - Tequila Baby (1996)

Ok! Agora lhes apresento uma banda punk brasileira. Aqui no RS é muito conhecida e respeitada, um dos motivos é o fato de a lenda viva do Punk Rock, Marky Ramone, ter tocado com eles, e esse encontro está registrado em cd e dvd.



Este é o disco de estréia da Tequila Baby, formada em 1994 com Duda Calvin nos vocais, James Andrew na guitarra, Rodrigo Deltoro no baixo e Didi Gloor na bateria. Bastante inspirado nos três primeiros álbuns dos Ramones, um disco simples e com letras irreverentes como a de "Sexo, Algemas e Cinta-liga". Há também um cover dos Mutantes em uma versão totalmente punk. Ele é repleto de clássicos como "Balada Sangrenta","Prefiro sua Mãe","Tira o Sutiã, Tira a Calcinha",e a já citada "Sexo, Algemas e Cinta-liga". Pode-se dizer que Tequila Baby é a banda que melhor representa o punk rock aqui no Brasil, tanto que, certa vez Greg Graffin - vocalista do Bad Religion - fez um show em Porto Alegre usando uma camiseta da Tequila. Isso mostra que o Punk Rock jamais se rederá a rótulos e modinhas mainstream. Enfim, um disco punk.

01 Balada Sangrenta
02 Minha Menina
03 Nada Pra Fazer
04 Vestidinho Lindo Que Vai Embora
05 Modess Punk Rock
06 2x2
07 Tudo O Que Eu Sinto Por Você
08 Modelo e Manequim
09 Prefiro Sua Mãe
10 Tira o Sutiã, Tira a Calcinha
11 Propaganda do O.B.
12 Sexo, Algemas e Cinta-Liga
13 Brigadiana
14 Malandro do Bom Fim

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Sex Pistols - Nevermind The Bollocks Here's The Sex Pistols (1977)

Então, me sinto motivado a dar continuidade nas postagens sobre discos de bandas de punk rock...os "0 comentários" do post anterior é uma das razões para isso.



Numa década de convulsão social, a velha fachada da Inglaterra dos anos 70 estava ruindo sob os altos índices de desemprego e apatia. O país inteiro parecia estar de ressaca e o otimismo dos anos 60 era apenas uma lembrança distante. Nesse momento surgiu este álbum, um chute entre as pernas tão literal quanto seu título.
Quando os Pistols começaram a se apresentar em shows, perigava a fama do grupo ser maior do que a da música. Essa sensação se tornou mais intensa com a luminosa capa de Jamie Reid. Por conta da logomarca simbólica e da expressão obscena estampada, muitas lojas se recusaram a vender o disco e o caso chegou a ser levado à justiça. A forma quase eclipsou o conteúdo, mas os passos de marcha que iniciam "Holidays In The Sun" foram um aviso maldoso do que, por trás do projeto gráfico, havia um álbum que estava prestes a alterar a percepção da música, moda e atitude de toda uma geração.
O disco traz a ferocidade de "Bodies", que levanta o tema do aborto, e o riff simples, mas eficiente e devastador, de Steve Jones em "Pretty Vacant", que deu esperanças a todos os guitarristas inúteis do mundo.
"Anarchy In The UK" é o grito mais famoso do álbum, mas "God Save The Queen" se equivale como epicentro da raiva. Johnny Rotten torce e esculpe cada nota no formato de uma flecha de injúrias diretamente apontada contra a realeza. Poucos momentos na música popular são comparáveis ao berro gutural de Rotten: "No future for you". Os anos de infelicidade da juventude inglesa estão encapsulados no álbum desde então.

01 Holidays In The Sun
02 Bodies
03 No Feelings
04 Liar
05 God Save The Queen
06 Problems
07 Seventeen
08 Anarchy In The UK
09 Submission
10 Pretty Vacant
11 New York
12 EMI

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Ramones - Ramones (1976)

Neste exato momento, me veio à cabeça a brilhante idéia de criar um blog que fale das coisas boas da música. Ou melhor, os estilos. Eu aprecio muito o rock, desde os mais simples aos mais complexos, dos mais leves ao mais pesados. Mas aqui vou dar mais ênfase a um estilo que mudou minha vida, e certamente mudou a vida de uma porrada de gente por aí. O PUNK ROCK! Não me recordo exatamente quando ouvi um punk rock song pela primeira vez, mas desde que ouvi não quis mais parar de ouvir, e possa crer, ao ouvir um punk rock song, ouvirá automaticamente mais uma porção. Portanto abra uma cerveja e aprecie este blog, ou simplesmente mande-me à puta que pariu!! Bueno! Vou começar, é claro, com os grandes mestres do Punk Rock, os caras que definitivamente mudaram os rumos da música!!



Da capa simples, com a foto em preto-e-branco, a seu conteúdo incendiário, o primeiro álbum dos Ramones é o manifesto definitivo do punk. Gravado em dois dias com o irrisório orçamento de 6 mil dólares,os Ramones despiram o rock até sobrarem apenas seus elementos básicos. Não há solos de guitarras e enormes fantasias épicas, o que já era revolucionário numa época em que imperava o hard rock cheio de penduricalhos, do tipo Led Zeppelin. As faixas, de cerça de três minutos apenas, são implusionadas pelos furiosos quatro acordes da guitarra de Johnny Ramone e pela bateria colossal de Tommy. E, apesar de as músicas serem curtas e afiadas, a paixão do grupo pelo rock dos anos 50 e pelas bandas femininas garantiu uma certa doçura melódica. As letras são muito simples, tratando em banho-maria, dos desejos e necessidades dos adolescentes. Joey Ramone berra pra dizer o que quer ("I Wanna be Your Boyfriend","Now I Wanna Sniff Some Glue") e o que não quer ("I Don't Wanna Walk Around With You"). Apenas "53rd And 3rd" - uma história sombria sobre as experiências de Dee Dee como michê - toca em algo mais profundo e significativo. O álbum foi elogiado, no lançamento, por um pequeno círculo de jornalistas (a revista Creem publicou que "se os sucessores dos Ramones valerem pelo menos um terço deles, estamos feitos pelo resto da vida"), mas não conseguiu entrar nos Top 100 dos Estados Unidos nem entre os 40 Mais da Inglaterra. Mas aos poucos garotos que compraram o disco entenderam que seu minimalismo melódico exagerado era um chamado. Os Sex Pistols, The Clash e os Buzzcocks usaram os quatro acordes dos Ramones para expressar a frustração com o rock sem graça e acomodado da época. Nunca mais a revolução teria um som tão simples.

01 Blitzkrieg Bop
02 Beat On The Brat
03 Judy Is A Punk
04 I Wanna Be Your Boyfriend
05 Chain Saw
06 Now I Wanna Sniff Some Glue
07 I Don't Wanna Go Down To The Basement
08 Loudmouth
09 Havana Affair
10 Listen To My Heart
11 53rd And 3rd
12 Let's Dance
13 I Don't Wanna Walk Around With You
14 Today Your Love, Tomorrow The World

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